Independente da sua nacionalidade, naturalidade, idade, sexo, raça, credo/religião, nível social e/ou opção política, se você se considera um tokufã, mas tokufã de verdade mesmo, você com certeza vivencia um turbilhão de emoções sempre que assiste uma nova série de tokusatsu, ou rever aquela(s) sua(s) série(s) do coração. Esses dias, conversando com meu amigo e irmão, o nosso querido Gaburincho aqui do Hibikicast, o Lanthys, comentávamos sobre como nos identificávamos com as séries em questão, com isso chegamos a conclusão que o que nos atraí, basicamente, é a trama. A história precisa nos envolver de tal forma que junto com ela possamos rir e chorar com a mesma intensidade.
São as emoções que ditam o ritmo e a intensidade de envolvimento com a série, mas isso varia de pessoa para pessoa, pois ao se falar em emoção cada um tem a sua, alguns conseguem externalizar isso com mais facilidade do que outros, em compensação há aqueles que pouco valorizam esse ponto, ou seja, acham pura bobagem chorar com essas séries. Por sorte, acredito que esse tipo de pessoa não ultrapasse os 5% dessa imensa nação denominada tokufã, bem, assim espero.
Há aqueles que acreditam que é bobagem o fato que as séries de tokusatsu possam passar algum tipo de ensinamento, ou ainda ajudar na formação do caráter de uma criança. Tudo bem, existe aí um outro fato que não podemos esquecer e, ainda por cima, levar em consideração, as séries de tokusatsu é uma forma de entretenimento e visa o lucro, venda de produtos licenciados, entre outras questões comerciais, isso é inegável, de fato! No entanto, não podemos descartar toda uma produção que é inerente a concepção das mesmas, como por exemplo, enredo, personagens, vestimentas, cenários, músicas-temas e fundos musicais, tudo que é preciso estar conectado para que a trama se desenvolva bem, com coerência e coesão.
O principal público das séries de tokusatsu são as crianças, mas isso não descarta que adolescentes e adultos se identifiquem com as histórias |
As séries têm como princípio básico cativar seu público-alvo, o qual primeiramente são de fato as crianças, em sua maioria, visto que, hoje sabemos que há um bom número de séries de tokusatsu voltado para o público mais adulto, contudo, gosto de reforçar que mesmo as séries que têm como foco principal o público infantil pode e deve atrair o público adolescente e adulto também.
Sou apenas uma tokufã de passagem |
Antes que eu possa continuar tecendo aqui a minha linha de raciocínio permitam-me ressaltar um ponto importante, não sou e nem quero ser alguém "dita" como especialista do tema aqui abordado, gosto de frisar que sou apenas uma blogueira que é uma tokufã e gosta de compartilhar suas ideias e pensamentos com outras pessoas que (assim como eu) também se identificam com a temática. Além disso, não sou formada em jornalismo, então, raramente um texto meu será imparcial, normalmente, sempre vem carregado com as minhas emoções por meio da minha visão de fã. E, consequentemente, quando escrevo algo específico (como é o caso deste texto) é porque uma ação, um comentário ou uma atitude de terceiros inspirou-me a isso. Nesse caso, alguns podem até pensar que se trata de um desabafo, jamais seria uma desabafo; na verdade é uma forma que tenho de compartilhar o meu ponto de vista (independente dele ser certo ou errado), o qual tenho plena consciência que alguns irão concordar, outros com certeza discordarão, há ainda aqueles que vão torcer o nariz, criticar, menosprezar, enfim, que bom que existe a liberdade de expressão. Somos livres para concordar ou não com o ponto de vista alheio, porém, o que não pode haver e isso é inadmissível nos dias de hoje (o que infelizmente ainda acontece e entristece-me) é a falta de respeito. Exemplo: "zombar"/"criticar" alguém por assumir que ainda hoje se emociona com as séries, eu, no caso, aos 36 anos de idade (recém completados), até hoje consigo me emocionar com diversas séries em questão, choro, dou risada, fico querendo lutar com aquele(a) vilão(ã) insano (a). E por que isso acontece? Simples, sou um ser humano, tenho sentimentos, revolto-me com injustiças (mesmo que essas seja fictícias), sou tocada por momentos tristes (aquele personagem que morre em combate), tenho aquela crise de risos em um determinado momentos cômico na série.
Como adoro exemplos, vamos a um episódio, de uma determinada série, carregado de emoção, ao meu ver.
Série: Dengeki Sentai Changeman (Esquadrão Relâmpago Changeman)
Episódio: (26) Mai 20-sai no hatsukoi - O Primeiro Amor de May aos 20 anos (Toque da Primavera)
Motivo que me fez dar destaque para esse episódio: Uma reflexão de meu amigo Lanthys sobre o episódio em questão que diz "se você tem a emoção a flor da pele, assistir o episódio 26 de Changeman sem chorar ao final, é com certeza um grande desafio! Tente e me diga se conseguiu!"
Meu comentário: Não me lembrava que episódio seria esse em específico, pois já tinha um bom tempo que não assistia aos episódios de Changeman. Têm episódios que me marcaram profundamente, mas têm outros que não me lembrava mesmo, como foi o caso desse episódio em pauta.
O primeiro encontro de May e Togo |
Resumo do Episódio: May conhece o belo e charmoso Dr. Togo enquanto fazia sua corrida matinal em um parque da cidade de Tóquio, foi aquele lance de amor à primeira vista, algo bem singelo e meigo sem dúvida, só quem já viveu um sentimento assim sabe como é. Enquanto eles corriam são surpreendidos pela queda de uma nave espacial que transportava uma animal (kikki) da Estrela Lindol (não sei se é assim que se escreve de fato), nave essa que caiu após o ataque do Monstro Espacial Hoglu. Hoglu aparece para capturar a criatura ferida, May e Togo não permitem. Uma breve luta acontece entre os Changeman e Hoglu.
Já na Base Shuttle, May descobre que o Dr. Togo por quem ela se encantou mais cedo era um médio oficial da Força de Segurança do Esquadrão Relâmpago Changeman, após a leitura da mensagem que Kikki trazia sobre o perigo que ronda a todos os habitantes da Estrela Lindol, Dr. Togo decidi ajudar indo a Estrela, May não gosta muito da ideia, considera-a perigosa e se oferece como companhia para viagem. Nesse momento, os dois acabam caindo em uma armadilha da Ahames e são atacados por Buuba e Hoglu, e assim, eles acabam sendo feitos de refém e a proposta para que eles seja libertados é que os Changeman levem Kikki e entregue-o ao poder de Bazzo.
May - uma verdadeira guerreira escapa do cativeiro com Dr. Togo |
É no cativeiro, onde May e Togo estão, que você já começa a sentir uma emoção diferente, a guerreira faz de tudo para se libertar e assim salvar o seu grande amor, mostra-se determinada e com muita bravura. Depois de várias tentativas ela consegue se libertar e quando tudo parecia perdido May consegue dominar muito bem seu poder da Phoenix para enfrentar o ataque de Buuba, momento de suspense, sinceramente, foi de arrepiar e tudo isso ela fez sem se transformar. Lindo de ver!
Em seguida acontece o grande clímax, o confronto entre os guerreiros e o monstro espacial, não preciso nem dizer que eles venceram com a ajuda do Change Robô.
May chora com a partida de seu primeiro amor |
O momento mais emocionante e que só não vai às lágrimas quem, realmente, não tem a emoção a flor da pele, é a despedida entre Dr. Togo e May - algo fantástico, digno de uma poesia de amor. Comovente como os sentimentos florescem no final levando May às lágrimas e o diálogo com a Sayaka fecha o episódio com chave de ouro, pois resume muito bem a amizade e cumplicidade das guerreiras. Episódio emocionante e envolvente por tratar das questões amorosas, foi algo muito singelo e puro digno de um primeiro amor.
---
E aqui fica o meu recado, ser fã de tokusatsu não se restringe às crianças! Perfeita essa imagem criada pelo Daniel Lima |
E este é apenas dos diversos episódios que conseguem mexer com minhas emoções, com isso, a partir de hoje, sempre que possível estarei apresentado a vocês leitores aqui do Blog do Hibikicast, um desses momentos marcantes e emocionantes das séries de tokusatsu, segundo o meu ponto de vista. E caso queiram, podem também indicar episódios emocionantes para que eu assista ou comente.
Obrigada mais uma vez pela atenção e até a próxima postagem aqui do blog.
Um forte abraço e Taty Beijo
E mais um que eu gostaria de indicar (são tantos, rsrs! Mas este eu tava revendo ontem, não aguento a vontade de comentar também), é o 23 de Battle Fever.
ResponderExcluirEu sempre tive um carinho bem especial por BF, pela trilha sonora dele_ muito de acordo com os hábitos de composição de seu tempo. E esse episódio conseguiu encaixar quase todas as músicas dessa trilha de uma maneira excepcional_ e muitíssimo emotiva. Com o general Tetsuzan fazendo terapia motivacional com os guerreiros que comandava.
Da minha lista de cinco episódios tokus mais marcantes, esse também entrava facinho. ;)
Muito jóia Taty, seu texto e sua idéia igualmente. Relembrar episódios específicos é algo tão gratificante que deveria ser corriqueiro entre os tokufãs em geral. Tenho muitos na minha memória afetiva. Em cima desse tema do amor, que você destacou aí, um que me marcou muito foi o 11 de Gingaman (Gouki se apaixonando profundamente por uma professora, caindo numa desilusão profunda e mesmo assim ganhando forças pra lutar, protegendo ela e o suposto rival). Seria a sugestão de continuidade dessa sua série de textos que eu, pessoalmente, deixaria por aqui.
ResponderExcluirAcho que você ter escolhido Changeman foi algo ainda mais positivo. Você sabe como eu costumo ver todos os tokus por igual, não me prendo à esses rótulos de "toku da Manchete", nem nada disso. E mesmo assim, sempre percebi uma profundidade imensa em Changeman, uma qualidade ímpar na história dos Sentais que brota dessa série. Achei muito bem escolhida, porque chorar, com Changeman, é muito fácil, muito possível. Ele sempre abre esse espacinho especial pro sentimento.
Que este é seus textos futuros do gênero possam incentivar os fãs a verem (ou reverem) episódios isolados, a compreenderem melhor seus conteúdos. Estarei na expectativa por mais. Super abraço.
Nossa muito bom o blog, adorei!
ResponderExcluiradoreeeeei, a matéria muito bem escrita e é bem isso que sinto quando vejo tokusatsus, tento da um tempo com eles mas não consigo hauhauhauahuahuahuahua
ResponderExcluirTexto maravilhoso e muito bem abordado Taty-San! Concordo com cada palavra e cada frase que você escreveu neste texto. Como Tokufã, posso dizer que temos isso em comum, eu também tenho uma explosão de sentimentos ao assistir essas séries, sim, me emociono, me empolgo muito! Se fosse escrever aqui todos os momentos que me fizeram vibrar, seria um comentário enorme. Mas posso colocar como exemplo, o final da série Metalder, a morte de Kamen Rider Black e Jiban, além do filme Kikaider Reboot, este último confesso que eu tentei mas foi impossível conter as lágrimas rsrs Mas realmente são muitos, não sei como existe pessoas que conseguem não se emocionar com as sagas, e com essas historias tão emocionantes... Enfim, disse a você que daria o meu feedback e aqui está, você merece todos os elogios possíveis por este texto maravilhoso que também mexe com os sentimentos dê quem lê, assim como mexeu com o meu! Parabéns e um forte Abraço!!! :D
ResponderExcluir